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O design para além de fazer cumprir funcionalidades e estética hoje atua sobre a sociedade, com a sociedade e para a sociedade.

De um modo a conseguir responder às necessidades que o rodeiam, esta realidade exige um designer que seja ativista, que olhe em seu redor, que não se conforme com a realidade a que é socialmente exposto e à qual faz inevitavelmente parte.

O design é visto como o modo de pensar e projetar, e por isso é tido como o “engine of social change”. Sendo uma disciplina da crítica, protesto e reflexão.

Portanto no design (disciplina que faz as coisas bonitas e resolve problemas) existe também a teoria do processo que envolve relações com outras áreas, como a economia, política e interação social.

Podemos falar de vários teóricos que escreveram sobre o assunto e por isso o termo “design thinking”. Nesta página web podemos conhecer mais sobre o que é este processo de pensar pelo o design. O design para além de objeto passa a fazer parte do processo e da filosofia de trabalho. A criação/processo metódico de pesquisa e projeto tipicamente dos problemas de desgin é aplicada às mais vastas áreas, expandindo assim o campo de atuação e acabando por assumir uma responsabilidade substancial em cada projeto em causa.

Esta filosofia não serve apenas para resolver problemas sociais, mas sim todos os problemas, na medida que abre portas para a comunicação e discussão, assim a colaboração é a base de cada projeto. E o resultado é um projeto com impacto positivo.

No seguimento deste pensamento a questão posta neste artigo, “what is design?”, que é frequente, pode ser transformada para “how does design works?” assim a reposta não será objetiva, não dizemos que o design é isto ou aquilo, mas sim como funciona, permite uma resposta menos definitiva e mais útil.

Tal como um médico não nos vai dizer que vamos morrer amanhã ninguém nos vai dizer que vamos ficar sem água potável no planeta nos próximos dez anos ou com mais plástico que água nos oceanos, mesmo com evidencias disso. O planeta em que vivemos não vai continuar a ser como o conhecemos e não vai continuar a dar-nos o que precisamos porque a realidade é que nós precisamos dele.

O planeta já foi fogo já foi água, já foi o que quer que seja. A verdade é que “ele” não está preocupado com isso, de uma maneira ou de outra vai existir, quem vai deixar de existir somos nós.  Apenas uma divagação para chegar ao design social e o impacto que pode ter.

Ellen MacArthur Foundation e OpenIDEO juntaram-se para trabalhar em torno da economia do plástico e para responder à pergunta

“Como podemos levar produtos às pessoas sem desperdício de plástico?”. Criaram o concurso “Circular Design Challenge” em que os materiais em vez de seguirem uma linha de fazer, usar deitar fora possam ser feitos de forma consistente, resiliente e duradoura, uma economia circular.

Deste projeto, foram premiadas dezasseis ideias que pretendem fazer o uso do plástico ponderado e estudado ou mesmo que encontrar soluções para a sua substituição, como é o caso que da Evoware, um dos premiados.

Na Indonésia, pais que é o segundo maior poluente dos oceanos e também o maior produtor de algas do mar (em que a ilha que mais produz é uma das pobres), foi feita a ligação do melhor de dois mundos. Através das algas do mar criaram papel para embrulhar comida e saquetas ( para café e temperos) comestíveis, reduzindo a produção e consumo de plástico, melhorando a indústria, a vida dos produtores locais e  conservando a natureza. (vídeo)

Em relação a este vídeo(https://www.ted.com/talks/jaime_lerner_sings_of_the_city/up-next) que vinha mencionado no briefing do projeto:

 

A cidade é um ponto de foco no que toca à sustentabilidade e à evolução. O espaço urbano é exclusivamente desenhado par as pessoas por isso têm de estar de acordo com as suas necessidades, Jaime Lerner fala nesta palestra  sobre a cidade e o seu design, destacando essencialmente os meios de transporte. Apresenta uma opção que que ligar os transportes (metro e autocarros), projeto desenhado e proposto entre 1974 e 1983 e 23 anos depois esta em 83 cidades.

“Don´t forget: creativity starts when you cut a zero from your budget” As alterações de uma cidade não têm de ser necessariamente grandes. A escala da mudança não importa, o orçamento não importa. Todas as cidades do mundo, podem ser desenvolvidas/melhoradas em três anos, afirma. Cada problema da cidade tem uma dose de responsabilidade e de design. Não podemos ter todas as respostas nem podemos querer ter mas sim procurar incessantemente.

Segundo o orador, temos que educar as crianças, torna-la conhecedoras deste tema, ensina-las pois iram ensinar os seus pais, um dos casos- separar o lixo. Para um mundo sustentável é preciso sim ensinar as crianças, mas também trabalhar com todo o resto. Atualmente sinto que os jovens em geral já estão muito mais alertados em relação ao consumo de plástico por exemplo, mas ainda há gerações que sentem que este tema é irrelevante ou não lhe dão a devida atenção e por isso é necessário, para além de ensinar as crianças, ensinar a população em geral. Com abordagens alargadas que provoquem uma mudança (no consumo de sacos de plástico no supermercado, para dar um exemplo concreto).

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